segunda-feira, 16 de maio de 2011

SPLEEN

Há um sentimento sem nome
que o vento não diz nem leva,
que a hora não devora nem pondera,
que a chuva não aquieta.

Há um sentimento que consome,
que no claro faz tudo treva,
que no escuro nada reverbera,
que a nuvem não completa.

Há um sentimento!
Nos instantes entre o início e a véspera,
no final de cada estação que desconheço,
quando as ideias partem em diáspora,
no silêncio que se apresenta em recomeço.