terça-feira, 29 de setembro de 2009

vendo o sol através destas vidraças

Cai a tarde impoluta sobre as ruas,
o mormaço invadindo-me as narinas:
ausência das tuas vozes assassinas,
os teus gestos, singelas bocas tuas,

fios d'ouro, cabelos singulares.
Esqueço-me perdido nas demoras:
pensamentos e sonhos pelos ares,
lentíssimas saudades pelas horas.

Oh, as ansiedades dilacerantes,
os desejos cruéis, desconcertantes,
e delírios e nuvens e fumaças...

Ao meu redor te sinto tão presente
pois surges como um anjo em minha frente,
vendo o sol através destas vidraças...

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